E, por falar em Vinícius, onde anda você poesia?

                                                                                                                   (Mara Paulina Wolff de Arruda)

 




Vinícius de Moraes, poeta, cronista e músico foi um dos maiores poetas brasileiros das décadas da fase áurea da bossa-nova.

 Nascido no Rio de Janeiro em 1913, morto em 1980, deixou para a história da poesia brasileira textos memoráveis em prosa, poesia e letra musical. Figura pública cantou suas músicas embalando os românticos de uma época importante do Brasil. Época de Cândido Portinari e Oscar Niemayer para quem ele fez poemas.

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e a carne em amor; nascer

 

Vinícius de Moraes se destacou passando pela literatura, cinema, música. No campo musical teve parceiros importantes: Tom Jobim, Toquinho, João Gilberto, Baden Powel, Chico Buarque de Holanda, Carlos Lira entre outros artistas.

Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Foi diplomata em Roma, Paris e EUA, na década de 1950.

Escreveu crônicas publicadas no Jornal carioca Última Hora que foram publicadas posteriormente em Livros cujos temas abrangeram a violência, a guerra, a pobreza, o amor perdido, traído, a balbúrdia das cidades, a morte, a natureza, o mundo com suas contradições  exploradas pelo poeta, na sua fecunda produção artística. Tudo o que a vida tem de vivo o poeta Vinícius de Moraes trabalhou em sua arte.

Para poder nutrir-se; e despertar

Um dia à luz e ver, e ao mundo e ouvir

E começar a amar e então sorrir

E então sorrir para poder chorar

O poetinha, como era chamado, ao compor Garota de Ipanema, em 1962, música eternizada na voz de grandes interpretes brasileiros e por Frank Sinatra tornou-se um dos poetas mais aclamados pelo público. Conta-se que Toquinho e Vinícius tomavam um drink na beira da praia quando viram uma bela moça (Helô Pinheiro) a caminho do mar. Ao ver tamanha beleza  tiveram a ideia de compor a música   atingindo o grande público. Através das letras encantadoras criadas para embalar os românticos, Vinícius de Moraes, trabalhou incansavelmente em prol da beleza e do amor.

E crescer, e saber, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror

De ser e amar, e se sentir maldito

Publicou  quatorze livros de poemas e prosa e sua discografia contém  mais de trinta e nove LPS gravados.

A voz de Vinícius de Moraes  será sempre lembrada por ter experimentado e conhecido as diferentes e multifacetas  do ser humano. Vinícius não teve medo de amar, não teve medo de sofrer, de se entregar ao amor e a dor.

E esquecer tudo ao vir um novo amor

E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito...”

 

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